Em minhas décadas vivendo nessa apaixonante indústria, vi o desenvolvimento de cada tecnologia em um longo caminho para chegar aonde estamos hoje. E uma das que mais me impressionam é a impressão offset, pelo seu alto grau em automação, e é sobre isso que quero falar um pouco hoje.
Na última ExpoPrint, vi ao vivo esse conceito. Grandes companhias de impressão offset como Heidelberg e Koenig & Bauer apresentaram ao vivo impressoras rodando impressos com as já conhecidas altíssimas velocidades e qualidade extrema de reprodução.
Porém, o que me surpreendeu foi o quanto as máquinas estão automatizadas, do início ao fim do processo. Seus softwares proprietários - e até a capacidade de outros softwares integrados - fazem dessas máquinas verdadeiras potências conectadas com os conceitos da Indústria 4.0.
A automação está nas primeiras etapas do processo. Nem citarei aqui a evolução da automação na preparação do arquivo na sala de pré-impressão, pois comentaremos sobre isso futuramente. No caso, destaco a automação para carregamento das folhas que serão impressas - e, depois, a automação para o impresso sair da máquina.
As grandes companhias em desenvolvimento contínuo
Recentemente, a Heidelberg lançou a Speedmaster XL 106. Em seu comunicado, uma frase merece um destaque especial: "Trabalho manual é coisa do passado". A ideia é que todo o fluxo de trabalho seja automatizado.
O mesmo comunicado diz que, na impressão comercial, 98% das intervenções manuais por toda a cadeia - dos dados do trabalho até o folheto finalizado - podem ser eliminadas na comparação com uma produção que não usa automação.
Na impressão de embalagem, as novidades da impressora resultam em 20% maior produtividade - além da economia de recursos. A unidade de verniz está automatizada, com trocas automáticas, reduzindo o processo de preparação em até 30%.
A definição de uso de tintas conta com auxílio de ferramentas baseadas em IA (Inteligência Artificial), mais uma inovação que vejo nas impressoras. O desperdício na configuração é reduzido em até 25%.
A Koenig & Bauer está fazendo sucesso com a Rapida 106 X, modelo em que a automação está totalmente integrada, e chega a até 22 mil folhas por hora. Ela tem automação completa, do começo ao fim do processo.
A empresa oferece também ferramentas especialmente focadas em controlar e otimizar a produção, seja impressão comercial ou embalagem.
Os equipamentos possuem acesso remoto para fácil auxílio na manutenção - lembro que na última ExpoPrint vimos óculos de realidade aumentada que fazem o contato com técnicos de qualquer lugar do mundo.
Outras companhias como Komori e manroland Goss estão com máquinas especiais e, pelo Brasil, tenho acompanhado o anúncio de gráficas brasileiras adquirindo este tipo de equipamento para seus parques gráficos, comprovando o que sempre digo: na indústria de impressão, o Brasil compete de igual para igual em tecnologia e qualidade com qualquer outro país do mundo.
O futuro da impressão offset já chegou
Esses são pequenos exemplos do quanto o offset está conectado com as megatendências globais - inclusive quando falamos em sustentabilidade, pois o processo de impressão é cada vez mais "verde" e a primeira folha OK está saindo mais rápido, diminuindo o desperdício ao máximo.
As gráficas de todo o mundo - e especialmente do Brasil - perceberam que precisam se mexer e vêm adaptando os fluxos para deixá-los mais inteligentes, rápidos e sustentáveis - cobrança forte de seus clientes.
Conversando com empresas confirmadas na ExpoPrint 2026, como a Heidelberg, percebo que nosso visitante verá ao vivo tecnologias fantásticas e vai se impressionar com o quanto a tecnologia avançou nos últimos quatro anos.
Sobre o autor
Sou Ismael Guarnelli, minha vida tem sido dedicada a impressão. Com mais de 50 anos de experiência no setor, idealizei revistas e congressos que marcaram o segmento gráfico. Hoje presido a APS Eventos Corporativos, onde organizo eventos de grande relevância, como a ExpoPrint Latin America, a FESPA Digital Printing e a ConverFlexo Latin America.
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